Perfil, Estratégia & Desenvolvimento – Parte I

E aí investidor, no artigo de hoje quero trazer um pouco de experiência vivida no mercado e deixar a questão dos ativos de lado. Pretendo focar no aprendizado, onde demorei um tempo para entender a lógica do investimento em valor – mas depois que caiu a ficha, as coisas mudaram.

Este é o primeiro de uma série de três artigos que visam chamar a atenção do investidor para assumir a auto responsabilidade. Começo a série chamando sua atenção para a importância da definição do seu perfil de investidor.


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Antes de mais nada, o investidor precisa entender a diferença entre especulação e investimento. Enquanto o especulador tem visão de curto prazo e acompanha cotações e rendimentos diariamente, o investidor fica atento aos fundamentos da empresa e ao produto ou serviço fornecido. Warren Buffet define especulação como “algo muito mais focado no preço da ação do que qualquer outra coisa”, e compartilha sua experiência revelando que “ao comprar uma ação, não estou preocupado se o mercado permanecerá fechado por alguns anos, porque eu estou pensando no negócio (…) Se as variações de mercado me afligem, então em certo ponto estou especulando, uma vez que só estou pensando se o preço da ação irá subir amanhã ou não”. Resumindo, enquanto o especulador compra ações, investidor compra negócios.

PERFIL

Entendida essa diferença, o investidor precisa perceber seu perfil: conservador, moderado ou agressivo.  Benjamim Graham (livro: O investidor Inteligente) define como conservador o investidor que se especializa em sua profissão e foca em ganhar dinheiro em sua área, investindo o dinheiro poupado – esse investidor concentra suas análises nos ativos compreendidos em seu círculo de competência. O autor continua e explica que investidor-empreendedor é aquele que, além de exercer sua profissão, também desenvolve e estuda técnicas e estratégias para conseguir fazer dos seus investimentos o seu próprio negócio, financiando esse projeto durante um tempo para que, mais tarde, o projeto financie sua vida.

Esse investidor-conservador não irá dedicar muito tempo para seus investimentos, pois seu objetivo principal é proteger seu patrimônio. Ele é capaz de delegar a gestão de seu dinheiro para terceiros especializados, enquanto ele se dedica à sua especialidade. Assim, ele aumenta sua renda ativa e usa o mercado acionário para criar uma renda passiva e não depender do sistema previdenciário do governo.

Por outro lado, o investidor-empreendedor é aquela pessoa que vê seus investimentos como um negócio próprio e está disposta a investir mais tempo e energia no processo. Essa pessoa vai estudar diversos conceitos, fórmulas, indicadores, estratégias, vai se empenhar, ter noites mal dormidas, vai praticar muito e errar muito, até que uma hora acerta a estratégia desejada. A partir daí, mantém pacientemente a disciplina e dá tempo ao tempo (tarefa importante, pois vai precisar desenvolver uma mentalidade empreendedora).

Ao identificar o seu perfil, o investidor começa a tomar decisões melhores, pois já entende qual tipo de classe e ativo vai deixá-lo mais tranquilo e confortável na hora de investir.

O perfil não é formado, muito menos descoberto, de um dia para o outro. É necessário passar por diversos cenários econômicos, precisa ser testado em momentos de crise (infelizmente), para a pessoa saber até onde irá dormir tranquila, mesmo diante de quedas generalizadas; caso perca o sono, é porque alguma alocação estava fora de controle e o investimento foi além do risco pré-determinado para aquele ativo.

Demorei vários anos para conseguir identificar meu perfil, pois pratiquei muita especulação achando que era o certo, que era assim que se ganhava dinheiro no mercado – anos de perdas financeiras, mas de ganhos de aprendizado.

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Quando começamos a investir, principalmente na renda variável, nossa ingênua convicção é de que iremos sempre comprar na baixa e vender na alta. Todavia, isso é praticamente um mito em que pouquíssimas pessoas conseguem um resultado satisfatório – mais precisamente, 13 em 19.696 (menos de 1%!).

Abaixo coloco algumas notas de corretagem do tempo em que eu não tinha perfil definido, ou melhor, acreditava firmemente que meu perfil era agressivo, por ficar fazendo operações de curto prazo. Mal sabia eu que na verdade não sabia nada, que não tinha perfil algum e muito menos estratégias, e menos ainda a mentalidade para poder construir patrimônio e renda passiva.

Fonte: o autor

Logo acima, uma das notas de corretagem, com prejuízo em daytrade de índice futuro no valor de R$ -2.878,80, uma das muitas aventuras no mundo especulativo, onde ganhava em um dia e devolvia o lucro no outro, ou então resgatava o ganho e gastava comprando alguma coisa.

Operei diversos ativos como: mercado futuro de índice e dólar, boi, café, contrato de milho e soja, fazia termo com dinheiro que não tinha em ativos podres como OGX, além de opções que era meu favorito para perder dinheiro! Outra nota de prejuízo logo abaixo.

Fonte: o autor

Descobrir o perfil sem ajuda ou sem um caminho a perseguir é bem complicado. Nessa época, fiz alguns cursos na própria corretora. Um deles era para operar gráficos semanais com cruzamento de medias móveis. Não tínhamos muitas informações para nos embasar e os professores ficavam incentivando o giro – imagina como fica a cabeça do investidor cheio de curiosidades e ansiedades, mesmo assim foi um passo inicial importante para conhecer mais a fundo a bolsa de valores, pois já era poupador e só mudaria minhas estratégias e alocações tempos depois.

Numa dessas aulas conheci outro investidor que falava que o ensinamento estava errado, que aquela forma de investir não era investimento de valor, era especulação, mas eu e outros alunos achávamos que ele estava errado, pois era o final do último ciclo de alta (bullmarket 2003-2008). Os gráficos eram lindos e hipnotizantes, naquele momento a rentabilidade passada era a rentabilidade que buscávamos, mas saberíamos alguns meses depois que não era bem assim.

Abaixo um dos gráficos hipnotizantes! Era abril de 2008...

Fonte: investing.com

Portanto, para se definir o perfil precisa estudar e praticar, estudar o desenvolvimento de mentalidade próspera, estudar as estratégias que serão praticadas de acordo com o perfil.

Hoje, devido a rápida evolução da tecnologia, o aprendizado está ao alcance de todos, e posso contribuir com conhecimento adquirido ao longo dos anos para ajudar. Fazendo artigos como esse e indicando bons caminhos para uma pessoa completamente leiga no assunto não perder tempo tentando estratégias que já são comprovadas que não funcionam. A experiência de quem já passou por vários caminhos para aprender a investir pode ser de grande ajuda na hora de você criar seu mapa de aprendizado no mundo dos investimentos.

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Mesmo assim, a grande maioria das pessoas nem pensam no futuro e ignoram a possibilidade de uma liberdade financeira proporcionada pelos investimentos. Estão à mercê de governos, da “nova política” que sabemos que será mais do mesmo, pois o governo não toma as rédeas da economia, ele se adapta ao ciclo econômico.
Vivemos em um pais no qual, conforme levantamento do IBGE, apenas 1% dos aposentados consegue viver sem ajuda financeira de parentes ou de instituições de caridade! Lutemos para que a sabedoria prevaleça, tanto na sociedade como em nós mesmos.

No próximo artigo, veremos mais sobre as estratégias que fui desenvolvendo para conseguir filtrar os ruídos e seguir o caminho de longo prazo...

Fonte: IBGE


“O seu negócio cresce à medida que você cresce. Antes, portanto, de investir nele, invista em você.” – Frank Betin

Saimon_Rijo

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
"O atalho nos investimentos, sao as experiencias de outros investidores." Quando escutei essa frase eu comecei a entender que deveria aprender com quem sabe realmente, por isso as minhas indicações hoje são de fato de pessoas que estão dispostas em ajudar e que agregam valor. Tudo tem um custo, pois informação é dinheiro, basta a pessoa tornar o aprendizado constante como prioridade em sua vida!

Escrito por: Saimonrijo_noinsta

RECOMENDAÇOES:
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